terça-feira, dezembro 14, 2010

14 de Dezembro

O aniversário da tarde perfeita, motivo de inspiração para este blogue, apanha o Nosso Muito Querido Clube numa fase má, que se segue a uma eliminação da Taça. Foi, na verdade, uma decepção. Nada, contudo, que justifique os discursos finis patriae ouvidos em certos sectores da nação leonina, nem a tentativa de pela enésima vez se pedir a devolução do SPORTING aos sócios através da demissão dos corpos sociais, que foram eleitos com o voto de 90% desses sócios e, há pouco tempo, obtiveram o apoio da Assembleia-Geral para o plano financeiro que está a ser executado.
Correndo o risco de cometer uma heresia ao citar no dia 14 de Dezembro a Leonor Pinhão, gostaria de relembrar uma crónica que escreveu no auge da saudosa série galinácea do grande guarda-redes do Benfica (tem 1,91m de altura), na qual evocava o seu avô, que fizera um comício no barco de regresso do Barreiro, depois de ouvir um adepto do Benfica denegrir a equipa, numa tarde em que tinham levado uma coça da CUF. Estou inteiramente de acordo com o avô da Leonor Pinhão, excepto evidentemente na preferência clubística. Os maledicentes até podem ter razão. Mas desde quando a razão é importante nisto de ser de um Clube? De um Clube é-se gloriosamente, sem razão nenhuma. É-se e ponto final.
Por isso, peço licença para comemorar com todo o júbilo os queridos 7-1 da nossa devoção e, em relação ao momento actual da equipa, sabem que mais?, eu acho que ainda vamos ser muito felizes...