Como é para mim evidente, Paulo Bento deve continuar.
Só numa situação de grave ruptura na equipa é que se poderia justificar mudar de treinador. Ora, como é generalizadamente reconhecido, os jogadores têm revelado uma entrega à luta que não merece qualquer reparo, mesmo naquelas partidas em que a produção futebolística tem sido fraca. Não se verifica o menor indício de que os jogadores não estejam com o técnico e, ao contrário de outras eras, até recentes, não há problemas de balneário. Assim sendo, não faz o menor sentido mudar.
O público tem manifestado o seu desagrado com algumas exibições, mas creio que apenas uma escassa minoria defende a saída do treinador. Nas sondagens dos jornais, votam os adeptos de todos os clubes e não apenas os sportinguistas, a quem, em exclusivo, compete decidir.
Por outro lado, este treinador não é uma pessoa qualquer. Serve o Clube há uma década, primeiro como jogador, depois como treinador dos juniores e, desde há quatro anos, como treinador da equipa principal, sempre com um exemplar profissionalismo e uma seriedade que cumpre enaltecer. Não é sportinguista, mas revelou ao longo destes anos que partilha os nossos valores e se sente bem em nossa casa. Para aqueles a quem só interessa ganhar, se for preciso vendendo pai e mãe, isto não conta nada. Mas no SPORTING não é assim.
No outro lado da 2ª Circular, Paulo Bento já teria sido corrido em três tempos. Nós devemos proceder de modo diferente. Em questões pessoais e de carácter, diria até que é fácil definir um manual de boas práticas: é fazer o contrário do que faria o sr. Vieira. Dá sempre certo!
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