terça-feira, novembro 13, 2007
Basta existir...
Nos dias que se seguem às derrotas mais difíceis de digerir, como a de domingo à noite em Braga, há pessoas que olham para mim com o ar de quem contempla um desgraçado. Devem pensar que estou a sofrer como um cão, ficando impressionadas por eu conseguir fazer a minha vida. Agradeço estes sentimentos de solidariedade, que só podem vir de pessoas muito simpáticas, mas que não me conhecem bem.
As derrotas do SPORTING não têm, ao contrário do que pensam, e eu compreendo que pensem, esse condão de me esfrangalhar a alma. Não que eu não ame o nosso Clube com todas as forças que tenho. É que as derrotas, sobretudo as que carregam uma maior carga dramática (como esta última, por se seguir a uma exibição magnífica, que a não fazia minimamente prever), embora me angustiem, libertam em mim uma espécie de sentimento agradável, que é talvez perverso, ou egoísta. Quando perco, sinto-me ainda mais do SPORTING e sinto que o SPORTING é ainda mais meu. Ou não é verdade que o amor se exprime melhor na aflição do que na euforia? Na hora do golo, da vitória e da festa, ainda pensamos: "o que estou a sentir é tudo amor pelo SPORTING ou é, pelo menos em parte, o gosto (humano) por vencer?" Ao invés, quando se perde e, mais a mais, quando se perde desta maneira, o que sentimos, podemos ter a certeza, é só amor e mais nada.
A hora do infortúnio é aquela em que melhor temos a possibilidade de transmitir o nosso sentimento. Num jogo do título, com o estádio cheio, um entre cinquenta mil aos pulos, como posso eu exprimir o amor que trago no peito? Já no jogo a seguir a uma desgraça, com o Estádio com menos gente, à chuva ou ao frio, mas sempre a aplaudir, sempre a compreender, sempre a ajudar, é pelo menos possível exprimir este amor imenso.
No domingo à noite, logo que terminou o jogo, o NQAmigo PB, pesaroso, disse-me: "lá vamos a Old Trafford na mó de baixo...". E eu não consegui ficar triste com isso. Claro que queria ir a Manchester só com vitórias. Se eu mandasse, ninguém duvide de que o SPORTING ganhava sempre. Os outros que se amanhassem com a gloriosa incerteza do desporto. Mas a perspectiva de ser um dos que vão com o SPORTING apesar das derrotas só me enche de orgulho. Para mim, o SPORTING não precisa de ganhar. Basta existir...
As derrotas do SPORTING não têm, ao contrário do que pensam, e eu compreendo que pensem, esse condão de me esfrangalhar a alma. Não que eu não ame o nosso Clube com todas as forças que tenho. É que as derrotas, sobretudo as que carregam uma maior carga dramática (como esta última, por se seguir a uma exibição magnífica, que a não fazia minimamente prever), embora me angustiem, libertam em mim uma espécie de sentimento agradável, que é talvez perverso, ou egoísta. Quando perco, sinto-me ainda mais do SPORTING e sinto que o SPORTING é ainda mais meu. Ou não é verdade que o amor se exprime melhor na aflição do que na euforia? Na hora do golo, da vitória e da festa, ainda pensamos: "o que estou a sentir é tudo amor pelo SPORTING ou é, pelo menos em parte, o gosto (humano) por vencer?" Ao invés, quando se perde e, mais a mais, quando se perde desta maneira, o que sentimos, podemos ter a certeza, é só amor e mais nada.
A hora do infortúnio é aquela em que melhor temos a possibilidade de transmitir o nosso sentimento. Num jogo do título, com o estádio cheio, um entre cinquenta mil aos pulos, como posso eu exprimir o amor que trago no peito? Já no jogo a seguir a uma desgraça, com o Estádio com menos gente, à chuva ou ao frio, mas sempre a aplaudir, sempre a compreender, sempre a ajudar, é pelo menos possível exprimir este amor imenso.
No domingo à noite, logo que terminou o jogo, o NQAmigo PB, pesaroso, disse-me: "lá vamos a Old Trafford na mó de baixo...". E eu não consegui ficar triste com isso. Claro que queria ir a Manchester só com vitórias. Se eu mandasse, ninguém duvide de que o SPORTING ganhava sempre. Os outros que se amanhassem com a gloriosa incerteza do desporto. Mas a perspectiva de ser um dos que vão com o SPORTING apesar das derrotas só me enche de orgulho. Para mim, o SPORTING não precisa de ganhar. Basta existir...