quinta-feira, abril 17, 2008

FOI NO BALNEÁRIO QUE, AO INTERVALO, TUDO RECOMEÇOU...


Depois do que nos foi ontem dado viver em Alvalade, eu quero lá saber dos losangos, da progressão pelas alas, do futebol nos últimos 30 metros, da contenção do jogo do adversário, dos 4-4-2, 4-3-3 e outras combinações numéricas que mais parecem congeminações cabalísticas, e eu sei lá que outros “chavões” com que normalmente se adornam os comentários que é habitual fazer nestas circunstâncias...

O que vai eternamente perdurar na nossa memória ...

...será a alucinante cavalgada daqueles bravos moutinhos, velosos, yannickes, liedsons e todos os outros que tão bem souberam pôr em campo a vontade de vencer !

...será a magia daqueles vinte minutos finais que tudo transformaram !

...será o encanto que sentimos quando os deuses, ou lá quem foi, concederam a Derlei, qual fénix renascida das cinzas, a suprema compensação da marcação do golo que selou a viragem !

... será aquele impressionante coro final - "Até morrer, SPORTING allez!!!"...

... foi, após o jogo, correr para o grande amplexo que uniu o NQC71, voar para os braços do Zé Henrique, abraçar os Pedros, surpreender a felicidade malaia estampada no rosto da Acha, ver aqueles que serão sempre os nossos meninos – o Bernardo e o Rui Pedro – viverem conscientemente o seu primeiro “épico” deste confronto, já que ainda eram pequenos quando dos 7 a 1 (ah, meu filhote, como me emocionaram as lágrimas que, no fim, não tiveste vergonha de chorar...), adivinhar o encanto da Madalena que não pode estar presente, ver a filha do NqAmigo Rui Fernandes, feliz, agitar aquele bandeira que tanto amamos...

... foi receber os “Yeesss” de quem tanto queremos... querer contactar de imediato - para compartilhar, repartir a nossa felicidade - e não ter rede telefónica, momentaneamente sufocada pelas conversas entre os nossos adeptos a exteriorizar a sua felicidade...

...tudo isto perdurará eternamente na nossa memória !

Mas foi naquele balneário, que ao intervalo, tudo recomeçou !
Ao ouvir o Veloso dizer, e cito, “o mister disse-nos como deviamos fazer.”, o Liedson referir, e continuo a citar, “o Paulo corrigiu-nos as falhas. Conseguimos acertar as marcações, e deu-nos a tal força de vontade.” ou o João Moutinho a sublinhar que Paulo Bento, ao intervalo, cito, “disse o que tinhamos de ouvir, e respondemos. Modificou tudo, a nossa atitude e forma de jogar.”, consigo alcançar a dimensão das palavras do próprio Paulo Bento ao dizer que no intervalo “transmiti aos jogadores o que me ia na alma” !!!

Como ficou bem patente o que lhe ia na alma...
Bem hajas, PAULO BENTO !!!!