segunda-feira, outubro 29, 2007
E o senhor...
Segundo parece, no domingo de madrugada, um grupo de adeptos compareceu no Aeroporto e no Estádio para vaiar e insultar jogadores, treinador e responsáveis do nosso Clube. Bem sei que os profissionais têm de estar preparados para tudo. Bem sei que cenas destas sempre existiram. Bem sei que, nos tempos que correm, elas são cada vez mais naturais. Bem sei até que, às vezes, se compreendem certas reacções. Assim como bem sei que existem provocações orquestradas e agitadores de massas com fins inconfessáveis. Sei isso tudo. Mas também sei que aqui no SPORTING temos uma imagem e uma memória a preservar, que está nos antípodas desse tipo de comportamento. Que saudades do tempo em que até os adversários reconheciam que o SPORTING tinha os melhores adeptos do mundo, capazes de suportar todas as desilusões, obstinadamente do lado do Clube, sobretudo nas más horas. Foi esse o SPORTING que eu conheci, foi por esse que me apaixonei e é a esse que eu pertenço. Não estou sempre de acordo e muito menos sempre contente. Nunca deixo é de apoiar o Clube e quem em cada momento o representa. Até porque eu não sou do jogador A, do treinador B ou do dirigente C. Eu sou do SPORTING.
Há muitos anos, no tempo do homem da bandeira, lembro-me de ouvir na antiga superior sul um sócio perguntar a outro que assobiava a equipa: E o senhor, é perfeito no seu trabalho? Pela boca deste adepto falava o melhor que há em nós, o que de mais precioso o nosso Clube trouxe ao desporto português - a distinção, a dedicação incondicional, esta sensação inigualável de amor sereno e absoluto por um ideal.
Há muitos anos, no tempo do homem da bandeira, lembro-me de ouvir na antiga superior sul um sócio perguntar a outro que assobiava a equipa: E o senhor, é perfeito no seu trabalho? Pela boca deste adepto falava o melhor que há em nós, o que de mais precioso o nosso Clube trouxe ao desporto português - a distinção, a dedicação incondicional, esta sensação inigualável de amor sereno e absoluto por um ideal.