terça-feira, novembro 18, 2008

Generalizações

A rusga levada a cabo pela Polícia a esse acolhedor reduto da estriqueira docemente apelidado A Casinha, onde, entre várias outras valências disponibilizadas aos sócios, funcionava um entreposto de droga, suscitou na comunicação social mais um ror de textos sobre as claques de futebol. Os comentadores alinhados com o clube de A Casinha insistem na tecla que lhes convém de que as claques são todas iguais. Ora aí é que não estamos de acordo. Todas as generalizações são abusivas e, neste caso, até odiosas. A verdade é que nenhuma das claques do Benfica se legalizou e o clube sempre assobiou para o lado, incapaz ou até desinteressado nessa legalização. Não foi isso que aconteceu em Alvalade. As três claques do SPORTING estão legalizadas, com o incentivo da direcção. Mais: o SPORTING tem o orgulho de contar entre as suas claques com a pioneira no cumprimento escrupuloso da lei, uma claque que teve desde sempre um comportamento verdadeiramente exemplar - a Torcida Verde. Meter os jovens da Torcida no mesmo saco dos delinquentes dos NN ou dos Super Dragões constitui uma manifesta injustiça. Não resisto também a recordar que o sr. Vilarinho, aprumada figura que chegou a presidente do Benfica, foi ao ponto de ir assistir a um jogo para o meio da claque dos rapazes de A Casinha, isto muito depois de ser conhecido o envolvimento dessa turba no episódio do very light, que custou a vida a um adepto do SPORTING. O dr. Vilarinho teve tempo para esses convívios com os No Name Boys, mas nunca para respeitar a palavra dada pelo Benfica de realizar um jogo com receita a favor da família de Rui Mendes, como foi prometido pelo sr. Damásio e esquecido por este e por todos os seus sucessores. É este o valor da palavra e o sentido da honra que cultivam os tipos de A Casinha...