Balanço e perspectivas

Recordo-me que há alguns anos contribuiu para uma discussão num jornal desportivo sobre o estado do futebol português, e insurgia-me contra o oculto e sinistro "sistema" que tudo fazia para "belenencizar" o Sporting Clube de Portugal. Foram tempos difíceis, durante a longa "travessia" do deserto, que se prolongou até meados de 2000. Foi o tempo, entre muitos outros incidentes, da vergonhosa arbitragem nas Antas que privou o Sporting de três jogadores decisivos para o seguinte e decisivo embate com o Benfica. Julgo que estávamos em 1996, e o NQC possuía uma equipa de "luxo". Em 2004, foi o que se viu, num outro decisivo embate com o clube da Luz. E como é o futebol que hoje impõe o nome e a memória dos clubes, poderá registar-se alguma apreeensão pelo facto de a nossa equipa não ter adquirido reforços. Reforços foram, admita-se, o facto de nenhum dos talentos do clube ter abandonado as fileiras. E contra todas as adversidades, resta-nos encarar de frente e com coragem uma difícil segunda volta. E ter a convicção de que a nossa equipa vai conseguir demonstrar aquilo que de facto vale. Uma defesa cada vez mais sólida, um meio campo mais coeso (força Carlos Martins!), um ataque mais eficaz (avante, Liedson). O jogo deste sábado com o Nacional poderá confirmar a reemergência do futebol do Sporting, claro, agressivo, inteligente, maduro, atacante. Contra todos os que ainda não desistiram em "belenencizar" o Sporting, que se responda com um grande jogo, e uma vitória categórica!