A Antena 1, no seu Jornal de Desporto das 18.30 h de ontem, dia 5 de Janeiro, reproduziu um conjunto de declarações do Doutor Saldanha Sanches, proferidas numa entrevista que teria sido concedida à RTPN, sobre o caso relacionado com o contrato assinado pelo Sporting e João Pinto, no ano de 2000.
No âmbito dessas declarações, e para além das considerações técnico-jurídicas, o Doutor Saldanha Sanches, começando por esclarecer que não é do Sporting, referiu-se ao nosso Clube como sendo gerido duma forma diferente, tendo actuado dentro dos limites da legalidade, o que nem sempre acontece com outras entidades.
Os termos da referência feita ao Sporting deixou-me cheio de orgulho e satisfação, não apenas pelo seu conteúdo, mas tendo sobretudo em vista o perfil de quem as proferiu. Saldanha Sanches é Doutor em Direito e especialista em Direito Fiscal.
De facto, como é diferente o nosso Clube !
Na recente devassa que, finalmente, as autoridades competentes desencadearam no âmbito do futebol nacional, ainda não apareceu gente do Sporting envolvido em escutas comprometedoras...
Não é o Sporting que é suspeito de estar envolvido em agressões a figuras públicas deste País, que terão denunciado situações ilícitas...
Não há no Sporting directores-gerais ou ex-directores-gerais envolvidos em vergonhosas combinações sobre situações que conduzam à aplicação de sanções a clubes, para que estes, em certos e específicos jogos tenham que jogar em terrenos alheios e, assim, favorecer, os clubes a que esses directores-gerais estavam, então, ligados...
Não servimos "café com leite" nem "laranjadas", nem nenhuma destas mixórdias...
Não é ao Presidente do Sporting que telefonam a propor árbitros... para rejeitar este que é dum qualquer clube... para optar por outro porque é militar... para só não querer um determinado por que é de um certo clube...
Enfim, quão longo poderia ser o desfiar deste rosário...
Por tudo isto, ao ouvir as declarações do Doutor Saldanha Sanches senti um enorme desejo de compartilhar o orgulho e satisfação que sentia com os meus amigos sportinguistas, o que estou fazendo agora com os que me estão a ler !
Senti um enorme orgulho e satisfação por, há largos anos, lá no longínquo Huambo, ao "som dos cinco violinos" ter aprendido a ser do Sporting desde sempre... Como recordo com gratidão quem tal me ensinou !
Sinto um enorme orgulho e satisfação em ter feito do meu filho um sportinguista convicto (já agora, do meu filho e não só...), ensinando-o, apesar da ausência de vitórias (ele cresceu durante o "jejum" dos 18 anos, hoje tão compreensível à luz que o "Apito Dourado" vai fazendo...) a ser fiel a um Clube que faz do Esforço, Dedicação, Devoção e Glória, o seu lema !
Também por tudo isto, VIVA O SPORTING !
NOTA FINAL: Ontem, quando vinha no meu carro e ouvi as declarações do Doutor Saldanha Sanches, entendi que se justificava vir ao nosso blog comentá-las, optando por aguardar a reprodução exacta das suas declarações, que certamente a "chamada" comunicação social escrita, nomeadamente a desportiva, não deixaria de fazer, dando assim um maior rigor ao meu comentário. O perfil e autoridade na matéria do autor dessas declarações penso que o justificava. Pensava eu...oh santa ingenuidade...Folheei o suporte em papel dos ditos jornais, consultei os respectivos sites na net e...nada ! Nem uma palavrinha só...(apenas na pág. 18 do Jornal O JOGO uma referência às ditas declarações, mas apenas no que se reportam à situação fiscal de João Pinto neste caso). Ah, como tudo seria diferente se o Sporting tivesse ficado mal na fotografia... Não faltariam uns quantos "passarões" (ou talvez "milhafres"...) cacarejando parangonas para alimentar o gáudio de "umas quantas meias dúzias de milhões"...Como tal não aconteceu, fingiram que não repararam e, metidos nos seus esgotos, calaram-se como ratazanas... Paciência, é o que temos...
Por isso, as minhas desculpas. Em primeiro lugar, ao próprio Doutor Saldanha Sanches por não referir ipsis verbis (como entendo que se deve fazer) as palavras que proferiu. Em segundo lugar, a quem ler este comentário, por não referir exactamente as declarações que me atrevi a comentar. Dadas as circunstâncias em que me encontrava, não sendo possível gravar essas mesmas declarações, fiei-me em critérios editoriais que julgava tinham a preocupação de informar com seriedade e isenção... enganei-me...
Uma vez mais, as minhas desculpas.
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