domingo, setembro 07, 2008

Uma ida ao andebol

Deslocação ao Casal Vistoso para ver, pela primeira vez esta temporada, a nossa equipa de andebol - treinada pelo NQ Amigo José Tomás - em acção, frente ao Madeira SAD. Assisti a uma derrota amarga, daquelas que custam a engolir, com um livre de sete metros decisivo a três segundos do final. Conclusões desta primeira surtida:

1. A equipa tem ainda muito trabalho pela frente, revelou muitas deficiências sempre que jogou em superioridade numérica, uma eficácia baixíssima no contra-ataque (um clássico ponto-forte do nosso andebol nos grandes tempos), com muitas falhas nos lances em que um jogador surge isolado frente ao guarda-redes contrário, dificuldades em lidar com a meia-distância contrário.

2. Apesar de tudo, a equipa é muito melhor do que no ano passado. Finalmente, temos um pivot de grande qualidade e vê-se que ali há material para fazer coisas boas.

3. A equipa precisa de ser mais vibrante, para também contagiar o público. Na fase decisiva do jogo, em que tinha dois golos de vantagem a cinco minutos do final, pareceu abúlica, quase que assistindo com «naturalidade» à reviravolta adversária. É preciso mais nervo, mais «raça». Até para que mais público compareça aos jogos e o apoio crescer. A equipa tem de «ligar» com o público, o que não aconteceu. É preciso ESFORÇO, DEDICAÇÃO, DEVOÇÃO.

4. Arbitragem inacreditável, da que dizem ser a mais promissora dupla nacional. Por amor de Deus! Se assim é, estamos tramados. Uma disparidade de critérios inaceitável. O Sporting teve um jogador excluído aos 38 segundos, sem o atleta ter antes recebido nenhum cartão amarelo (!), o Madeira SAD só perto do intervalo, com o critério (correcto) da primeira falta grave de cada jogador corresponder a um cartão amarelo. Faltas iguais punidas de forma diferente, quase sempre em prejuízo do Sporting.

5. Pouco público (250 pessoas, para aí). O Sporting merece mais. O Sporting É mais. Era bom que muitos dos que gostam de pregar sobre a necessidade do clube ser ecléctico, da falta que faz um pavilhão (o que ninguém ignora), do «antigamente é que era bom», do «homem da bandeira» e coisas que tais, comparecessem nestes jogos. Para terem autoridade para falar.