Como é possível?

Com a entrada em cena de Ana Salgado, gémea de Carolina, disparando a torto e a direito, incluindo contra Maria José Morgado, e acusando Vieira de ter pago o livro da irmã, a novela da vida real concebida pela agit-prop benfiquista torna-se cada vez mais pantanosa - um lavar de roupa suja sem decoro nem vergonha, ao melhor estilo da época e das personagens envolvidas. Uma só pergunta: como pode um tipo com responsabilidades na vida cultural do país, como é o caso de João Botelho, alinhar numa trama sórdida destas e, pior do que isso, lembrar-se de explorar o filão, fazendo uma espécie de filme de intervenção sobre o tema?