terça-feira, dezembro 19, 2006

O mercado de Inverno

Com a pausa de quase um mês do campeonato da Liga, os jornais desportivos irão ocupar-se nas próximas semanas do sempre fascinante «mercado de Inverno», aproveitado pela maioria dos clubes para (re)compor os seus plantéis.
Já se sabe que muitos nomes serão citados, a esmagadora maioria deles não acabará no destino anunciado, mas, enfim, servirão para vender papel (quem não se lembra desse verdadeiro episódio cómico que foi o da anunciada inevitabilidade da contratação de Robinho pelo Benfica?).
Há quem opte pela quantidade, o Sporting já nos habituou ao carácter cirúrgico das suas intervenções do mercado de Janeiro, que o ano passado nos trouxe, por exemplo, Caneira e Abel, além de Pipi Romagnoli e Koke. Lembro-me do ano em que as chegadas de André Cruz e César Prates constituiram um forte impulso rumo ao título.
Digo-o sem qualquer receio e sabendo que não é uma posição consensual, mas com grande convicção da minha parte: Paulo Bento e Carlos Freitas são uma dupla que oferece grandes garantias de operações sábias no mercado.
O plantel do Sporting é bom, mas pode ser retocado e melhorado, dentro dos limites e constrangimentos financeiros que são conhecidos e em relação aos quais não apenas nada há a fazer como acabam por constituir um factor de credibilidade do Sporting. Eu não quero, nem gostaria, que o meu clube gaste o que não tem, mesmo que outros o façam com uma desfaçatez completa.
Como qualquer adepto de bancada também tenho as minhas opiniões. Penso que é óbvio que é preciso reforçar o ataque. Claro que entendo que o regresso de Rochemback seria uma boa notícia. Entendo também, um lugar comum, que só vale a pena trazer alguém que constitua um verdadeiro reforço para a equipa.
Mas, «nesta altura do campeonato», o melhor é mesmo esperar para ver. Com confiança.