Jornalismo de merda

A propósito do «jornalismo» que se vai fazendo em Portugal - tema que o NQ Amigo JHS aborda brilhantemente a propósito do escarro que é A Bola - eis outra história genial, que tem a ver com a «entrevista» de Cristiano Ronaldo publicada a semana passada noutro escarro sob forma de papel chamado P (ex-Público). Bastava ler a «entrevista» para se perceber que tinha sido tanto dada por Cristiano como fui eu que pintei o tecto da Capela Sistina. Numa genial crónica, Ferreira Fernandes dizia que se aquelas frases tão arrebicadas fossem mesmo de Cristiano Ronaldo, então o homem não era candidato a jogar no Real Madrid mas sim a professor catedrático do ISCTE...
Mas há mais a dizer sobre essa entrevista e quem o diz, com todas as letras, é mesmo o site inglês Football365.com, que explica que a dita «entrevista» estava já pronta há um mês. E que só foi publicada agora, porque as conveniências do empresário Jorge Mendes foram essas. Convém dizer que o autor da referida «entrevista» é Bruno Prata, cuja relação de promiscuidade com empresários de futebol já tem um longo curriculum, sendo inúmeros os exemplos daquilo a que o jargão jornalístico designa por «broches» aos ditos empresários, publicados nas páginas do P (ex-Público). Em tempos foi com José Veiga, mas os tempos mudam...Mudam tanto que até a sua mulher é funcionária da empresa de Jorge Mendes, a Gestifute, como explica o dito site inglês.
Eis, meu caro e querido amigo JHS, o jornalismo que se faz em Portugal, mesmo naquilo que se diz jornalismo de referência. Perguntar-se-á, mas referência de quê? Eu digo-te, meu querido amigo: referência de pulhice e de merda, MERDA.